Dilma não tentou impedir investigação
A ex-secretária da Receita Lina Vieira,
ontem, na CCJ do Senado
Foto: Celso Júnior
A ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, negou nesta terça-feira, durante depoimento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tenha tentado influenciar o resultado das investigações do órgão sobre Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Lina, no entanto, manteve a afirmação de que o encontro com a ministra ocorreu, apesar da ministra ter negado desde o início a reunião. “A ministra me disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade”, disse a ex-secretária.
Esta declaração de Lina foi dada em resposta à pergunta formulada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que questionou se Lina acreditava que o suposto "agilizar" de Dilma tinha o objetivo de livrar Fernando Sarney das investigações ou tinha o mesmo conteúdo da solicitação da Justiça, que também pediu celeridade no caso. Lina afirmou que poderia ser de fato, apenas para dar agilidade, mas que ela entendeu como “não investigar a fundo”. Mas Lina também disse que interpretou o pedido de Dilma como sendo desnecessário. “Não entendi a razão dessa mentira, achei o pedido descabido” disse, se referindo à ministra sempre ter negado o encontro e o pedido de “agilizar” investigação sobre as empresas de Sarney.
De Dilma, depois de seus “títulos falsos”, tudo pode-se esperar. Por que não essa?
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