Perillo declarou à Receita, empréstimos no valor de R$ 1,42 mi

Marconi Perillo colocou tudo na declaração

Não foi pelo fato de não ter adquirido nenhum bem, que o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, deixou de declarar à Receita Federal ter recebido empréstimos no valor de R$ 1,42 milhão de dois assessores de confiança. Por isso, os dados estão lá, nas declarações do IR de Perillo, entregues à CPI do Cachoeira pela Receita.

A maior parte dos empréstimos, no valor de  R$ 1,27 milhão, foi contraída entre 2007 e 2008 junto a duas empresas pertencentes ao secretário de Planejamento de seu governo, Giuseppe Vecci. Perillo disse ser amigo há mais de 25 anos de Giuseppe e na época, Perillo era senador. Mas como até agora, depois de quatro anos, nada foi pago, veio a pergunta: Por que? Mas a assessoria de Perillo tinha a resposta na ponta da língua: "O governador não teve como pagá-los".

Mesmo não pagando aquela quantia por falta de condição, Perillo continuou com crédito ilimitado e no ano de 2011, já governador, Perillo tomou emprestado mais R$ 150 mil, só que desta vez de seu assessor especial Lúcio Fiuza. Mas segundo áudios interceptados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, Fiuza recebeu R$ 600 mil na negociação que resultou na venda da casa de Perillo, em julho de 2012. As conversas não esclarecem a destinação desse dinheiro.

Mas Fiuza nega ter recebido o dinheiro e o governador disse que não comentaria a razão dos empréstimos obtidos junto a assessores nem explicou em que os aplicou.

A CPI do Cachoeira vai investigar se os empréstimos foram simulados, mas o que resta como muito estranho disso tudo é que Sérgio Cabral até agora continua numa boa.

Força do Lula, o “grande chefe”.