Senado, uma casa mal assombrada
Gerson Tavares

Mas tem um senador que
abusa do direito de ter fantasma em sua assessoria. Estou falando do senador
Cícero Lucena, que pertence ao quadro do PSDB, lá da Paraíba e que é o primeiro-secretário
do Senado. E não é que esse “safardana” emprega desde o mês de junho de 2011
uma funcionária que nunca apareceu para trabalhar, mas isso desde quando foi
nomeada e tem gente que diz que até para tomar posse ela mandou um
representante.
Esse “fantasma”
responde pelo nome de Jacquelyne de Lucena Aguiar é filha do segundo suplente
de Cícero Lucena no Senado, João Rafael de Aguiar. Ela é uma empresária e sócia
de uma rádio em Guarabira, cidade do interior da Paraíba. Ela foi nomeada em 22
de junho de 2011 e ganha uma “merreca” de R$ 2.042 mensais, pouco dinheiro, mas
muita sacanagem. Mas também o que me “grilou” foi que, ao casar em 25 do mesmo
mês da nomeação, ela recebeu o sobrenome Lucena. Será simples coincidência?
Mas depois que o fato
veio à baila, a assessoria do senador disse que realmente ela nunca vai ao
trabalho, mas que eles agora vão procurar saber o que acontece de verdade nessa
situação. Disseram que até poderá ser aberto um processo interno para ver se é
o caso de demissão. Mas neste caso também já há quem diga que essa investigação
é para saber como se faz esse negócio, já que tem mais gente querendo entrar
nessa.
Mas como nem só de
Jacquelyne vive o Lucena, ele tem também um fantasma que o defende de qualquer
problema jurídico. Ele é o advogado Walter Agra Junior, que também nunca foi ao
gabinete do senador para trabalhar como assistente parlamentar (AP-2), cargo
que ocupa desde março de 2007. Quem precisa falar com o Walter Agra pode se dirigir
ao escritório da “Solon Benevides & Walter Agra”, do qual ele é um dos
sócios.
Mas para ficar em seu
escritório o Walter recebe dos cofres do Senado, nada mais nada menos que R$
8,1 mil.
Agra é amigo de longas
datas do Cícero Lucena. Quando Cícero foi prefeito de João Pessoa, ele foi
procurador-geral do município, de 2002 até 2004. Dali ele saiu para comandar a
campanha do Lucena para o Senado, na eleição de 2006.
Eleito, Cícero
imediatamente deu o lugar ao "amigo do peito", já que ele gosta de mamar nas "tetas da República" e ainda com a vantagem que assim o Cícero tem um
advogado pago pelo povo. São mais de 10 anos que Agra trabalha para Cícero
Lucena e o povo sempre comparecendo com o dinheiro. Isso realmente é uma
vergonha.
Mas como ainda estamos
em ritmo de carnaval, aqui fica o meu até amanhã, quando voltarei com mais notícias de arrombar o cofre.
4 comentários:
Mas você não queira saber o que tem de 'fantasma' nesse Congresso.
Mas como mão privilégio do Senado e da Câmara, tem 'fantasma' no Palácio do Planalto, na Justiça e em todo lugar que sirva para alguém se pendurar para ganhar dinheiro.
Antigamente penduravam o paletó e iam embora, mas agora não passam nem na porta.
Só tem safado.
Brasília
Fantasma é coisa que já nem assuatada mais nessa nossa política sem ética que estamos vivendo nos dias de hoje.
Vamos ver se com a Lei do Ficha Limpa vamos ter melhores dias. Também, é agora o nunca porque o país já não aguenta mais tantos ladrões reunidos.
Brasília
Não só o Senado, mas todas as casas dos Três Poderes são assombradas. Pelo menos deveriam ser, porque o tem de 'funcionário fantasma' é uma grandiosidade.
Pelos cálculos de um analista político, para cada funcionário que trabalha existem quatro que nunca marcaram nem o ponto.
Dá para aguentar esse governo?
Brasília
Não é só o Senado que é mal assombrado, pois em qualquer área de governo e em qualquer esfera, o que mais tem é funcionário fantasma.
Mas isso já é uma norma dos políticos brasileiros.
Belo Horizonte
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