quinta-feira, 1 de setembro de 2011



Vai correr sangue



Gerson Tavares


Pelo modo como a coisa está, vai correr “sangue amigo”. Depois do “porque não te calas” da Dilma após o ministro das Cidades, Mário Negromonte, fazer denúncias de pagamento de “mesada” a deputados do PP, um dos partidos aliados do “desgoverno Dilma”, sentindo o puxo de orelha, Negromonte resolveu abrir o verbo em relação a um racha no partido e não medindo palavras, foi fundo em seu posicionamento: “Vai virar sangue. Imagine se vaza o currículo de deputados, ou melhor, a folha corrida”.

Depois dessa ficou claro que estamos em um mar de lama. E para mostrar que a coisa não anda boa lá pelas bandas do PP, Negromonte falou que “em briga de família, irmão mata irmão e morre todo mundo. Por isso eu disse que isso vai virar sangue”.

E pelo jeito, a briga tem tudo para chegar “aos finalmentes”. Acusado de oferecer mesada de R$ 30 mil para os deputados do PP, exatamente como era na época do “mensalão” do José Dirceu, sendo que desta vez não é o Dirceu, que não tinha como retrucar, o Mário Negromonte está disposto a ir até a uma CPI e desafia qualquer deputado do partido a formalizar a acusação contra ele.

E Negromonte, pelo visto, não está nem aí para o “porque não te calas” da Dilma e falou para quem quisesse ouvir que foi procurado por deputados, porque o ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes estava colhendo assinaturas para derrubar o deputado Nelson Meurer, do PP do Paraná, que foi líder e foi substituído pelo deputado Agnaldo Ribeiro do PP da Paraíba. Mas até aí ele não disse nada e a “mesada” não foi explicada.

E ele que sabe não está com o tapete firme na sala das Cidades, já mandou o seu recado ao PP. Falou que não tem apego ao cargo, mas se ele cair, o ministério não será nem para um grupo nem para o outro. Uma terceira via sai ganhando o pedaço do bolo.

E Mário Negromonte não perde oportunidade para vender o seu peixe e diz que ele é parceiro de primeira hora da candidatura de Dilma desde quando ela tinha os míseros 2%.

Para deixar a turma mais nervosa ele bradou: “Se for chamado para uma conversa, vou contar tudo o que aconteceu”.

Mas até lá, ele guarda o segredo como arma contra os “amigos”.

É assim que se faz política neste Brasil nada varonil.

2 comentários:

Durval Montes disse...

Esses caras falam muito, mas não são de nada. É só acenar com um dinheirinho que eles vão logo abanando o rabinho e fazem qualquer coisa para agradar.

Durval Montes
São Paulo

Anônimo disse...

Esses caras falam, falam, mas na hora do vamos ver se acertam e o povo é que se estrepa.

Correr sangue até que seria bom, mas todod o sangue político que está ai. Só assim, com uma revolução onde não sobre político corrupto e neste caso, quase todos eles, poderemos ter um Brasil de verdade.

J.G.A.F
São Paulo