Crime ou pecado?
Gerson Tavares
Quando alguém falou que estupro é um crime de menor relevância que um aborto, sendo este aborto em defesa da vida de uma simples criança, procurei imediatamente me inteirar do fato e acima de tudo, de quem havia falado tamanha barbaridade.
Mas quando soube que a pessoa que havia dito tal barbaridade era um arcebispo da Igreja Católica Romana, a mesma Igreja que professo e acredito, fiquei chocado. A pessoa que era responsável por tal declaração era o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho , que excomungou a mãe e os médicos que efetuaram um aborto em uma menina de nove anos que foi estuprada pelo padastro e, para dar um maior nó em minha cabeça, havia o apoio da excomunhão, não só do Vaticano, mas também da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Como católico praticante me coloco muito à vontade para criticar certas atitudes como esta, que tenho certeza que não vem de Deus. Eu pergunto: "O aborto é crime?". Eu mesmo respondo: "É crime, mas crime maior seria deixar uma criança de nove anos, um ser ainda em formação, morrer por ter sido estuprada por um pedófilo sem vergonha e moral e este sim, não merecendo viver.
Tenho certeza que perante Deus, esta mãe e estes médicos que tiveram essa atitude cientificamente acertada e que foram excomungados pelo arcebispo, estão perdoados se é que praticaram algum pecado.
E aqui vale mais uma pergunta: "Por quê a Igreja não excomunga todos esses pedófilos e extupradores que andam por aí infernizando o mundo?". E aqui cabe mais uma pergunta: "Por quê a Igreja não excomunga tantos padres pedófilos que sempre temos notícias?". Seria muito bom ouvirmos do Vaticano, da CNBB e do arcebispo de Olinda e Recife, algumas explicações.
Mas quando soube que a pessoa que havia dito tal barbaridade era um arcebispo da Igreja Católica Romana, a mesma Igreja que professo e acredito, fiquei chocado. A pessoa que era responsável por tal declaração era o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho , que excomungou a mãe e os médicos que efetuaram um aborto em uma menina de nove anos que foi estuprada pelo padastro e, para dar um maior nó em minha cabeça, havia o apoio da excomunhão, não só do Vaticano, mas também da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Como católico praticante me coloco muito à vontade para criticar certas atitudes como esta, que tenho certeza que não vem de Deus. Eu pergunto: "O aborto é crime?". Eu mesmo respondo: "É crime, mas crime maior seria deixar uma criança de nove anos, um ser ainda em formação, morrer por ter sido estuprada por um pedófilo sem vergonha e moral e este sim, não merecendo viver.
Tenho certeza que perante Deus, esta mãe e estes médicos que tiveram essa atitude cientificamente acertada e que foram excomungados pelo arcebispo, estão perdoados se é que praticaram algum pecado.
E aqui vale mais uma pergunta: "Por quê a Igreja não excomunga todos esses pedófilos e extupradores que andam por aí infernizando o mundo?". E aqui cabe mais uma pergunta: "Por quê a Igreja não excomunga tantos padres pedófilos que sempre temos notícias?". Seria muito bom ouvirmos do Vaticano, da CNBB e do arcebispo de Olinda e Recife, algumas explicações.
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