Réu ontem, hoje juiz
João Paulo Cunha, um petista cara-de-pau,
está dando a volta por cima
BRASÍLIA – Me espanta quando escuto falar que o ministro Gilmar Mendes, em uma referência à CPI dos Anões do Orçamento, quando falou sobre corrupção no Brasil, usou a seguinte frase: “Naquela época, imaginávamos que aquele era o maior caso de corrupção do Brasil”. Só podia estar brincando o “senhor” ministro. Ele mesmo já livrou tanto “safardana” da “tranca” que até já perdi a conta. Agora mesmo, temos mais um caso de escândalo que por culpa da justiça, acabou em “pizza”.
Um dos que andou sumido, mas reapareceu em grande estilo, foi o petista João Paulo da Cunha. Estou falando de um petista de carteirinha e que terá sempre o aval do presidente e é assim que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, um dos quarenta integrantes da quadrilha do “mensalão”, se sente. Sabe que nada pode acontecer com ele enquanto tiver ao seu lado o “companheiro” Lula.
Depois de ser réu, ele agora retorna ao palco, politicamente reabilitado pela base governista. Os presidentes Luiz Inácio da Silva e Arlindo Chinaglia, os dois do PT paulista, são os seus avalistas. Assim sendo, João Paulo teve o seu nome ratificado como relator da MP 443, a mais importante do pacote “anti-crise”, que vai permitir aos bancos oficiais comprar bancos menores que estejam em dificuldade.
João Paulo, que foi “inocentado” pelo plenário da Câmara, ainda é réu na ação penal instaurada pelo Supremo Tribunal Federal por crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas numa tentativa de reabilitação de João Paulo, uma estratégia que já conta com o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, também petista paulista e que renunciou após escândalo de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. E como tudo dentro de um governo petista pode, Palocci também teve a sua indicação como presidente da Comissão Especial da reforma tributária.
E assim segue a vida. Enquanto Gilmar Mendes perder tempo falando, petista sabe que estará prestigiado.
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