quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Juiz solta preso errado, mas diz que soltaria
de qualquer maneira




RIO – O juiz Alcides da Fonseca Neto, da 11ª Vara Criminal do Rio, que absolveu Valter Barbosa da Paixão, em um parecer errado por erro da digitadora, disse que errou, mas não teria outra coisa a fazer no caso, pois Valter seria solto mesmo porque nada existia contra ele.

Disse o juiz, que tanto ele quanto o promotor Valério Teixeira do Nascimento, duvidaram da legalidade da prisão e que o flagrante foi forjado pela polícia. Mas pelo que é relatado, Valter foi preso em julho e processado por porte de arma e corrupção. Em agosto ele foi absolvido e na sentença o juiz Alcides da Fonseca Neto afirma que o Ministério Público pediu a absolvição por insuficiência de provas, já que uma testemunha, de nome Michel, não reconheceu o réu.

Mas o mais estranho neste caso é que não existe qualquer testemunha chamada Michel citada no processo. Aí vem o juiz é diz que o erro foi cometido por uma secretária “inexperiente” que, ao copiar, colou a decisão de um processo de 2005, que tinha um resultado semelhante.

Só não era semelhante o réu, que logo depois de solto já voltou a fazer das suas. Valter cometeu outro crime. Ele foi baleado num confronto com PMs, após ser flagrado roubando um carro. Levado para o hospital Carlos Chagas, fugiu do hospital e até o momento ninguém sabe onde se meteu. Enquanto isso, a secretária, o promotor e o juiz estão por aí, numa boa.

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