Campanha
de Russomanno tem ‘laranja’
Gerson
Tavares
As
campanhas políticas já não são como antigamente e todos os dias estamos vendo
“coisas do arco da velha” com políticos e politiqueiros esbarrando em mil
“falcatruas”.
E
assim está o caso daquele que é apontado pelos próprios integrantes da campanha
de Celso Russomanno, do PRB, candidato que lidera todas as pesquisas de
intenção de votos em São Paulo, como o coordenador do plano de governo do ex-jornalista.
Ele é o “Carlos Baltazar”, mas que na verdade, chama-se Carlos Alberto Joaquim.
O
“Baltazar” é funcionário concursado de baixo escalão da Prefeitura, mas no
momento ele realiza função secundária no comitê do Russomanno. É sua função
agrupar sugestões de propostas enviadas por colaboradores do candidato.
Já
tem gente do próprio partido que está falando que tudo está sendo feito nas
coxas e por isso, Russomanno apresentou na semana passada um programa de
governo que virou alvo de críticas por reproduzir uma série de propostas
genéricas apresentadas em julho à Justiça Eleitoral.
Os adversários afirmam que as propostas de Russomanno são estapafúrdias, tanto
que o aumento do efetivo da guarda municipal de 6 mil para 20 mil homens,
proposta pelo candidato, não têm lastro orçamentário. E o mais intrigante é que
o plano de governo impresso por Russomanno é assinado apenas pelo candidato e
por seu vice, Luiz Flávio D’Urso, que é do PTB.
Quanto
aos nomes dos “técnicos” que Russomanno diz terem ajudado a elaborar o programa
de governo nunca foram divulgados oficialmente pela campanha do PRB, apenas
aparecendo o nome de “Carlos Baltazar”, que até poderia ser “Carlos”, mas nunca
“Baltazar”.
Esse
tal “Carlos Baltazar”, que na verdade poderia se “Joaquim”, se apresenta como
fotógrafo nas redes sociais, mas na verdade é assistente de gestão de políticas
públicas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho.
Ele foi levado para a campanha por Luiz Augusto de Souza Ferreira, o Guto, que
é o seu chefe no banco de microcrédito da Prefeitura e filiado ao PRB.
Segundo
a equipe de Russomanno, o nome falso está sendo uma defesa para Joaquim, já que
ele poderia ser perseguido. É bom lembrar que o prefeito Gilberto Kassab apoia
a candidatura de José Serra, do PSDB. Para justificar seu pseudônimo, Joaquim
disse que o “Baltazar” utilizado seria um sobrenome de seus familiares que não
consta de seus documentos oficiais.
E
pelo que deu para notar, essa é uma norma da campanha do Russomanno já que ele
próprio afirma que os colaboradores do seu programa usam “nome de guerra” para
se proteger de possível “perseguição”. Mas Celso garante que Joaquim seja um
simples coordenador “laranja”.
Mas
a verdade é que laranja ou não, se ele se esconde em nome falso, é porque
alguma coisa está podre nesse saco.
2 comentários:
Então quer dizer que o Russomanno aprendeu rápido a fazer sacanagem? Quem diria que aquele jornalista tão sério iria entrar nessa cachorrada.
Mas o povo gosta.
Santo André S.P.
São todos iguais. Entrou na política, entrou na sacanagem. Os poucos se se livram do mal, ficam alijados e acabam tendo que procurar o caminho de casa.
São Paulo
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