terça-feira, 2 de outubro de 2012


Campanha de Russomanno tem ‘laranja’

Gerson Tavares





As campanhas políticas já não são como antigamente e todos os dias estamos vendo “coisas do arco da velha” com políticos e politiqueiros esbarrando em mil “falcatruas”.

E assim está o caso daquele que é apontado pelos próprios integrantes da campanha de Celso Russomanno, do PRB, candidato que lidera todas as pesquisas de intenção de votos em São Paulo, como o coordenador do plano de governo do ex-jornalista. Ele é o “Carlos Baltazar”, mas que na verdade, chama-se Carlos Alberto Joaquim.

O “Baltazar” é funcionário concursado de baixo escalão da Prefeitura, mas no momento ele realiza função secundária no comitê do Russomanno. É sua função agrupar sugestões de propostas enviadas por colaboradores do candidato.

Já tem gente do próprio partido que está falando que tudo está sendo feito nas coxas e por isso, Russomanno apresentou na semana passada um programa de governo que virou alvo de críticas por reproduzir uma série de propostas genéricas apresentadas em julho à Justiça Eleitoral.

Os adversários afirmam que as propostas de Russomanno são estapafúrdias, tanto que o aumento do efetivo da guarda municipal de 6 mil para 20 mil homens, proposta pelo candidato, não têm lastro orçamentário. E o mais intrigante é que o plano de governo impresso por Russomanno é assinado apenas pelo candidato e por seu vice, Luiz Flávio D’Urso, que é do PTB.

Quanto aos nomes dos “técnicos” que Russomanno diz terem ajudado a elaborar o programa de governo nunca foram divulgados oficialmente pela campanha do PRB, apenas aparecendo o nome de “Carlos Baltazar”, que até poderia ser “Carlos”, mas nunca “Baltazar”.

Esse tal “Carlos Baltazar”, que na verdade poderia se “Joaquim”, se apresenta como fotógrafo nas redes sociais, mas na verdade é assistente de gestão de políticas públicas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho. Ele foi levado para a campanha por Luiz Augusto de Souza Ferreira, o Guto, que é o seu chefe no banco de microcrédito da Prefeitura e filiado ao PRB.

Segundo a equipe de Russomanno, o nome falso está sendo uma defesa para Joaquim, já que ele poderia ser perseguido. É bom lembrar que o prefeito Gilberto Kassab apoia a candidatura de José Serra, do PSDB. Para justificar seu pseudônimo, Joaquim disse que o “Baltazar” utilizado seria um sobrenome de seus familiares que não consta de seus documentos oficiais.

E pelo que deu para notar, essa é uma norma da campanha do Russomanno já que ele próprio afirma que os colaboradores do seu programa usam “nome de guerra” para se proteger de possível “perseguição”. Mas Celso garante que Joaquim seja um simples coordenador “laranja”.

Mas a verdade é que laranja ou não, se ele se esconde em nome falso, é porque alguma coisa está podre nesse saco. 

2 comentários:

Norberto Lopes disse...

Então quer dizer que o Russomanno aprendeu rápido a fazer sacanagem? Quem diria que aquele jornalista tão sério iria entrar nessa cachorrada.
Mas o povo gosta.
Santo André S.P.

Waldir Novello disse...

São todos iguais. Entrou na política, entrou na sacanagem. Os poucos se se livram do mal, ficam alijados e acabam tendo que procurar o caminho de casa.
São Paulo