terça-feira, 1 de maio de 2012


Este não é o Brasil 
que eu pedi pra mim

Gerson Tavares
 


Há exatos vinte anos os brasileiros viram um presidente eleito pelo voto direto ter que sair pela porta dos fundos do Palácio do Planalto e com o “rabinho entre as pernas” lá se foi o Fernando Collor de Mello, saindo como ladrão. Naquele momento o brasileiro achava que começava ali uma limpeza na política do País.

Mas não é bem assim que a banda toca e os bandidos voltaram a se reunir e hoje formam a maior quadrilha que a República Brasileira já viu. Mas isso não quer dizer que são todos novos bandidos que estão aí, mandando e desmandando, porque os velhos bandidos, os antigos ladrões, voltaram e estão com grande força nessa grande quadrilha que se instalou.

E é neste caso que está novamente o “Fernandinho”. Pedro Collor deve estar se revirando em sua tumba, mas agora o seu irmão está bem cercado, porque todos aqueles que “lutaram” para tira-lo do Palácio, hoje precisam dele para continuar roubando o povo. Mas também, lá onde ele estiver o Pedro deve estar pensando: “Meu irmão não passou de um ladrão de galinhas”.

E é isso mesmo, porque depois de tudo que tem acontecido nesses últimos nove anos, Collor só dançou porque roubou pouco. Se roubasse muito e dividisse com essa turma que aí está, nada teria acontecido.

Mas falando de Fernando Collor de Mello, ele hoje está na CPIM no caso Carlinhos Cachoeira e que a sua principal função será de não deixar vazar informações. Disse ele que será um verdadeiro “bedel” na bancada governista para garantir que informações sigilosas sejam protegidas.

E é ai que ele atira na imprensa e quando atira, é sempre com o intuito de matar. E como ele é dono de jornal que faz parte da “imprensa marrom”, ele fala dos jornalistas como se todos trabalhassem em sua empresa e então diz que seu papel será de não deixar que CPIM seja alvo de “rabiscadores”, como se só os repórteres do "seu jornal" fossem cobrir os trabalhos da comissão.

E para mostrar que ele é o guardião da ética e moral do Parlamento, ele disse que é necessário não deixar que o colegiado se torne instância fadada a servir de mero palco para a vileza política e um campo fértil de desrespeito aos elementares direitos constitucionais dos homens públicos ou de qualquer cidadão brasileiro.

E depois dessa enxurrada de palavras de efeito, chegou o momento em que ele toca no ponto onde mostra que ele está numa CPIM que tem a obrigação de não deixar que ninguém do lado aliado ao governo seja atingido; Diz ele: “Muito menos permitir, que em plena democracia, a comissão transforme-se em um autêntico tribunal de exceção”.

Como ele está alinhado com o governo para que seus desvios sejam esquecidos para sempre, Collor disse que “não é admissível, num país de livre acesso as informações e num governo que preza pela transparência pública, aceitar que alguns confrades, sob o argumento muitas vezes falacioso do sigilo da fonte, se utilizem de informantes com os mais rasteiros métodos, visando o furo de reportagem, mas, sobretudo, propiciar a obtenção de lucros, lucros e mais lucros a si próprios, aos veículos que lhes dão guarida e aos respectivos chefes que os alugam”.    

Collor só esqueceu-se de falar que neste momento estava falando dos seus funcionários, mas é bom lembrar ao “ladrão de galinha”, que nem todas as empresas de comunicação têm proprietários do seu nível.


Agora, cá pra nós, do modo como ele encara a imprensa que atendeu os anseios de um seu irmão que só queria Justiça, dá para ver o ódio que o Fernandinho tem do falecido Pedro Collor.

2 comentários:

Norberto Fontes Filho disse...

Mas a culpa da volta desses safados ao comando da nossa política é do povo que não sabe votar e deixa que bandidos tomem conta do Brasil.
Qurem um exemplo? Hoje, quando falamos em 'Dia do Trabalho', já não temos mais aquela garra de antigamente. É muito triste ver que os trabalhadores de hoje se espelham em Lula, que como exemplo de trabalhador foi e é um zero à esquerda. Aliás, como trabalhador e líder sindical, já que como presidente de sindicato ele sempre serviu aos patrões.
Por isso tudo, hoje temos misturados no mesmo saco de gatos, Lula, Dirceu, Collor, Sarney e tantos outros que só querem levar vantagem.
Desculpem-me, mas é assim que vejo com muita tristeza a atual situação do país.
Salvador

Pedro Milanez disse...

Eles se juntaram e formaram uma quadrilha só. Vai ser difícil derrubar essa turma que está bem calçada e com uma retaguarda forte na Justiça.
O Brasil é muito grande, mas com essa quadrilha, vai acabar fácil.
Curutiba