Rede
de contravenção de Cachoeira contava com policiais e delegados da PF
Cachoeira
tinha todos
no bolso do colete
Foto: Ed Ferreira
Muita água ainda vai
descer por esta cachoeira. Além das ligações com políticos, a quadrilha
comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”,
tinha em suas mãos dois delegados da Polícia Federal e 30 policiais militares,
que faziam chegar até ele, informações privilegiadas. Tão perigosa era essa
quadrilha, que ela conseguia driblar até a ação da Força Nacional de Segurança,
quando atuava na repressão a jogos ilícitos em Goiás e nos arredores de
Brasília.
As
investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contraventor que é acusado
de comandar uma rede de jogos ilegais à prisão em fevereiro, foi de R$ 200 mil o
valor pago por Carlinhos Cachoeira para contar com os serviços do delegado da
Polícia Federal Fernando Antonio Heredia Byron Filho, também preso na operação.
Sem
o menor escrúpulo, Byron, que integrava o time de interlocutores de Cachoeira,
se comunicava com o contraventor por meio de aparelhos de rádio Nextel
habilitados no exterior para tentar escapar de escutas telefônicas.
O
papel do policial/bandido era garantir a exploração de máquinas de
caça-níqueis, vazar e direcionar investigações, tudo a pedido de Cachoeira, a
quem o Byron se refere como “guerreiro velho”. Em contrapartida, o contraventor
o chamava de “doutor”.
Tudo
nos conformes.
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