segunda-feira, 9 de abril de 2012


Rede de contravenção de Cachoeira contava com policiais e delegados da PF




Cachoeira tinha todos
no bolso do colete 
Foto: Ed Ferreira


Muita água ainda vai descer por esta cachoeira. Além das ligações com políticos, a quadrilha comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”, tinha em suas mãos dois delegados da Polícia Federal e 30 policiais militares, que faziam chegar até ele, informações privilegiadas. Tão perigosa era essa quadrilha, que ela conseguia driblar até a ação da Força Nacional de Segurança, quando atuava na repressão a jogos ilícitos em Goiás e nos arredores de Brasília.

As investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contraventor que é acusado de comandar uma rede de jogos ilegais à prisão em fevereiro, foi de R$ 200 mil o valor pago por Carlinhos Cachoeira para contar com os serviços do delegado da Polícia Federal Fernando Antonio Heredia Byron Filho, também preso na operação.

Sem o menor escrúpulo, Byron, que integrava o time de interlocutores de Cachoeira, se comunicava com o contraventor por meio de aparelhos de rádio Nextel habilitados no exterior para tentar escapar de escutas telefônicas.

O papel do policial/bandido era garantir a exploração de máquinas de caça-níqueis, vazar e direcionar investigações, tudo a pedido de Cachoeira, a quem o Byron se refere como “guerreiro velho”. Em contrapartida, o contraventor o chamava de “doutor”.

Tudo nos conformes.

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