Tráfico em alta no futebol

Gerson Tavares

Mesmo com a assessoria de Adriano garantindo que as armas são de “brincadeirinha” ou que é abajur quebrado, nada justifica a atitude do misto de jogador com “bandido” aparecer em fotos portando arremedos de armas ou fazendo com as mãos a sigla de uma facção criminosa.

Depois vem uma informação que Adriano fez uma remessa de sessenta mil reais para um chefe do tráfico que atua na região onde Adriano costuma fazer seus “retiros”. Em processo que Adriano figura como “testemunha”, o nome dele é citado várias vezes e sempre em envolvimento com o traficante Fabiano. Não podemos esquecer que até uma moto o Adriano já comprou e colocou em nome da mãe de um traficante.

Isto tudo é muito ruim porque Adriano e um ídolo para muita gente e principalmente para as crianças. Vejam o perigo que isso representa para a garotada que gosta de se espelhar em seus ídolos. E para piorar vem o Gilmar Rinaldi, um ex-goleiro e que agora é o empresário do Adriano, embora pareça muito mais “advogado de bandido” e diz a seguinte frase: “O melhor mesmo é ele ir embora do Brasil, porque aqui há muitas pessoas ruins querendo prejudicá-lo”.

Ao ouvir esta declaração do Gilmar eu cheguei à conclusão que ser cidadão de bem neste país é ser errado. Viver no meio do tráfico, ter amigos bandidos é que “é legal”. Este país está virado de cabeça para baixo exatamente porque “bandidos” passaram a ser referencia. Adriano e os seus amigos traficantes são os bons e nós, pessoas de bem, somos os ruins. Aliás, é bom lembrar também que foi o mesmo Gilmar que pediu para que o Adriano só fosse depor, depois depois da viagem à Europa. Será que o Gilmar, por se transformar em "adevogado de bandido" estava tramando a fuga do cliente?

Poieu acho que o Gilmar perdeu a grande oportunidade de ficar calado e assim não teria dado chance para alguém pensar que ele também está levando vantagens com o tráfico.

Tenho dito!