Mundo animal

Gerson Tavares

As eleições no Brasil estão voltadas ao mundo animal. Depois que o PSDB resolveu adotar o tucano como símbolo, os petistas ficaram enciumados, mas não conseguiram nenhum animal que servisse para seu símbolo, já que por ser partido chamado dos trabalhadores teria que ser algum animal forte.

Alguns até pensaram no elefante, mas teve gente que deu o contra. Elefante é muito pesado e pesado já bastam os “malas” que existem no grupo. Tanto o hipopótamo quanto o rinoceronte foram também descartados, não só pelo peso, mas também pela violência que eles representam, não seriam bons para a imagem de um partido “zen”. Só para relaxar, conto aqui a sacada do meu amigo “Zé Doidão” que disse que este “zen” só pode tranquilamente ser de “partido zenvergonha”.

Mas voltando a escolha do animal que deverá ser o grande símbolo do partido do Lula, como eles não conseguiam chegar a uma conclusão, foi exatamente no início desta campanha eleitoral da Dilma Rousseff que veio o “grande achado”. E o pior é que eles já encontraram o animal a duas campanhas atrás e até agora não tinha sacado.

Sim, porque o PT já em duas campanhas vem fazendo “escutas”, fazendo dossiês e toda uma gama de modalidades de artifícios para levar ao público os podres dos seus adversários. É bem verdade que sempre está “dando com os burros n’água”, mas continua tentando. Agora mesmo, os petistas contrataram um policial federal aposentado, o Onézimo Souza e o sargento Idalberto Matias de Araujo, o Dadá, para darem de “arapongas”.

E fez-se a luz. Se já por três campanhas eleitorais o PT usou “arapongas” para monitorar os adversários, por não a escolher uma ave? Como o tucano é a ave que representa o PSDB, por que não, outra ave, a “araponga”, deverá daqui para frente representar o PT.

Pobre fauna brasileira. Uma pobre araponga, uma ave que só sabe fazer barulho, ter que de agora em diante representar tantos ratos.