Líder sindical, o exemplo do mal

Gerson Tavares

Num passado distante os sindicatos eram instituições de segurança para os profissionais. Na cidade do Rio de Janeiro, estavam entre os melhores hospitais do Brasil, o Hospital dos bancários, na Lagoa e o do IAPTEC, o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e Transportes de Cargas, em Bonsucesso.

Como o governo ficou de olho grande no dinheiro que era controlado pelos institutos classistas, resolveu criar o INPS, que chegou para comandar todas as classes profissionais. O dinheiro passou para as mãos do governo e daí em diante tudo foi se deteriorando até chegar aos dias de hoje, onde aquele hospital da Lagoa, que os bancários tanto se honravam de manter, é hoje um hospital que o governo deveria ter vergonha de deixar aberto.

Mas o tempo foi passando com o governo não dando mais a atenção devida para os profissionais e os diretores dos sindicatos, em silêncio, continuando a levar a grana do trabalhador, mesmo já não tendo a menor responsabilidade em dar um retorno ao profissional. Os dirigentes viraram políticos e o resto que se dane.

Mas como até entre eles, os dirigentes, o olho gordo cresce sempre que alguém fala em dinheiro e vendo o dinheirão que o profissional deixa todo o ano, com o imposto sindical, resolveram crias as “centrais únicas”, que, aliás, são várias.

E para mostrar que todos são espertos, o “dono” da “Força Sindical”, o “Paulinho da Força” se transformou no deputado federal Paulo Pereira da Silva, do PDT de São Paulo. E já que falei na “Força”, ela é a segunda entidade mais beneficiada com recursos do Imposto Sindical. E para mostrar que o dinheiro está sobrando e ele "pode", “Paulinho” gastou sete milhões e novecentos mil reais só para ocupar como sede um prédio no bairro da Liberdade, em São Paulo.

Vejam bem que está é a segunda maior arrecadadora, onde muitas outras “centrais únicas” existem. A CUT foi a primeira “única” a surgir, mas logo depois foram surgindo outras “únicas” e hoje o Lula já não consegue contar nos dedos das mãos, quantas são. Mas pelo sim pelo não, hoje já existe a “Central Única das Centrais Sindicais”. Pode parecer piada, mas é pura verdade.

Mas já que falei no parágrafo anterior em Lula, não podemos esquecer que ele é o culpado dessa avalanche de “entidades únicas”. Foi ele um dos criadores da CUT e foi assim que ele chegou ao Planalto.

Como enganou os trabalhadores lá no ABC, hoje segue enganando o povo pelo Brasil afora. Mas não existe mal que sempre dure e nem mentira que resista ao tempo.

O Brasil precisa vencer as muitas “únicas” que estão por aí. Acorda meu povo!