segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sei não, mas Lula está armando



Gerson Tavares

Passei um período de total tranquilidade, comigo, com o mundo e com Deus. Por isso só hoje volto a falar dos politiqueiros. E para começar a falar de “safardanas”, não poderia começar por outra pessoa.

Quando o Lula assinou um decreto criando o Programa Nacional dos Direitos Humanos, tenho a impressão que ele já sabia da reação do Jobim. Para mim foi tudo uma cena armada para uma promoção de sua “bondade” para com os militares.

Este decreto provocou uma crise no governo e que levou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que tenho quase certeza, estava de “conchavo” com o Lula, a se juntar aos três comandantes militares para entregarem uma carta de demissão conjunta ao presidente.

Os militares, que talvez não soubessem da “trama” e que ficaram irritados com um trecho do programa que prevê a investigação dos atos cometidos por agentes do Estado durante a “ditadura” e abre espaço para revisão da Lei de Anistia, que pode condenar muitos oficiais militares daquela época, lógico, aceitaram a “solidariedade” do Jobim.

Ai veio a grande cartada de marketing do Lula. Ele não aceitou a demissão, usou como argumento que não tinha tomado conhecimento completo daquilo que assinara e prometeu reverter à situação, adiando o envio do projeto ao Congresso. Este projeto cria uma comissão encarregada de fazer as investigações sobre abusos durante a “ditadura”. Aliás, o Lula nunca lê o que assina. Qualquer dia vai assinar a “carta renúncia”.

Mas voltando ao Lula. O presidente só esquece que outras comissões já existiram e existem para apurar tantas “barbaridades” e nunca apura nada, ou pelo menos, não condena ninguém. Agora, Lula que tem um governo que vive de “mentiras” quer criar uma “Comissão Nacional da Verdade”. Esse “cara” só pode estar de “sacanagem”.

Mas se olharmos bem para os “abusos da ditadura”, e bom não esquecer que quando a anistia foi dita como “total e irrestrita”, tinha uma razão. Dos dois lados existiam “abusados" e garanto que, além de “abusados”, do lado dos “derrotados” muitos eram e são até hoje uns aproveitadores.

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