quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

José Arruda, um canalha de carteirinha

Gerson Tavares


Assim como aprendemos na infância que existia o “país das maravilhas”, as crianças de hoje aprendem que estão no “país dos escândalos”. Mas como os escândalos se somam todos os dias no cenário político brasileiro, muitos foram caindo no esquecimento e os envolvidos estão ai, rindo da nossa cara.

Senão vejamos: sem contar com os escândalos que podemos chamar de “diversos”, muitos “mensalões” aconteceram. Tivemos o do PT, que envolvia os outros partidos aliados, tivemos o do PSDB de Minas Gerais e outros tantos até chegarmos ao mais recente que foi o escândalo do Distrito Federal e que ficou conhecido como “mensalão do DEM”. O que aconteceu com ele? Pois acreditem que as denúncias acabaram virando motivo de piada.

Mas para piorar o humor afro-descendente, a piada partiu do principal envolvido que é o governador José Roberto Arruda, que reuniu todo o secretariado para discutir o planejamento de roubos para este último ano do mandato dele.

Permitindo imagens da reunião, mas sem que a imprensa tivesse direito a fazer qualquer pergunta, Arruda sorria muito e ao falar sobre a crise em seu governo, fez um comentário em tom de gozação.

“Estava em casa no dia 1º, liguei o noticiário pela televisão e a especulação era quem tinha ganhado na Mega-Sena. Perguntaram para um varredor de rua. Ele disse: ‘olha, estão dizendo que foi um político, eu acho que foi o Arruda’. Então eu quero dizer que hoje em dia eu sou culpado até da Mega-Sena”, falou o “safardana” para deleite dos secretários que ali estavam prontos para puxar o saco do “ladrão-mor”.
No passado o Nelson Rodrigues falou que “toda a unanimidade é burra”. Hoje, pedindo licença ao “grande” Nelson, eu completo a aquela frase: “mas na política, quase a totalidade é calhorda”.

Acorda Justiça brasileira. Cadeia é muito pouco para esse Arruda e para todos os quadrilheiros dessa política que tomou conta do país. Uma política de "bandidos".

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