terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Governo em crise, coisa natural




Gerson Tavares


Diretos Humanos passa a ser uma causa de discórdia. Depois que o Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos, criou uma “briguinha” com os militares por causa da “Lei da Verdade”, agora foi à vez do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, exporem publicamente as divergências sobre o programa que entre tantas áreas, invade também a reforma agrária.

Stepahnes é um aliado dos ruralista e diz que o programa ataca o agronegócio. Já Cassel, que é envolvido com os assuntos “assistencialistas”, defende a idéia e falou que no Brasil “há quem aposte na violência no campo, na truculência”.

E quando sem-terra mata gente de bem? Não é violência? Pelo programa que o governo tem para executar, a reintegração de posse das terras invadidas só poderão acontecer, isto quando acontecer, quando os “vândalos” já tiverem destruído tudo. Enfim, quando o verdadeiro proprietário já não tiver mais condições de voltar a fazer uso dos seus bens.

Estou me referindo ao problema agrário, mas em cada setor alguma coisa vai ser sacrificada para que as pessoas de bem aprendam como não votar. E com isso, parece que as entidades de comunicação acordaram e já partiram para as críticas.

“A propósito de defender e valorizar os direitos humanos, que estão acima de todo e qualquer questionamento, o decreto prevê a criação de uma comissão governamental que fará o acompanhamento da produção editorial das empresas de comunicação e estabelecerá um ranking dessas empresas, no que se refere ao tema de direitos humanos” diz a nota conjunta da Associação Brasileira das Emissoras de Radio e Televisão (Abert), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner). Estas três entidades se dizem perplexas com o texto do Programa dos Direitos Humanos.

Mas lembrem-se senhores jornalistas, que Lula nunca escondeu sua vontade de ser “dono da verdade”. Ele para chegar à presidência da República já pulou muito de lado. Foi presidente de sindicato, mas sempre esteve ao lado do patrão, dai ter sido um ”pelego” de primeira linha. Entrou na política e já foi candidato a governador em São Paulo para ajudar ao governo militar. Depois de presidente, já se uniu a todos aqueles que criticou, mas sempre na certeza que iria tirar vantagem.

Este é o Lula que conheci no passado e que sempre será. Lula nunca foi um politizado e sim, um “politiqueiro”.

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