Aeronave voava abaixo de altitude
Militares franceses monitoram as buscas ao Airbus desaparecido no Atlântico
Segundo informações da FAB, os pilotos do AF 447 não seguiam a altitude prevista em seu plano de voo quando a aeronave foi registrada pela última vez pelo radar de Fernando de Noronha, às 22h48 (horário de Brasília) do domingo.
O voo 447 da Air France desapareceu sobre o oceano Atlântico na noite de domingo, com 228 pessoas a bordo. O avião decolou por volta das 19h do aeroporto Tom Jobim, no Rio, com destino a Paris e fez o último contato com o comando aéreo brasileiro por volta das 22h30.
Elaborado antes da decolagem, o plano de voo previa que o Airbus deveria subir de 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km) depois de passar pelo ponto virtual Intol (565 km ao norte de Natal). O avião, porém, se manteve a 35 mil pés à frente do ponto, segundo informou a FAB no dia do acidente. O motivo para isso é desconhecido.
Os pilotos muitas vezes têm de alterar sua rota devido a mau tempo, turbulências ou porque voos diferentes têm planos coincidentes. “O plano é elaborado com o objetivo de que o voo seja o mais eficiente possível, mas nem todo mundo pode voar na mesma rota”, falou o diretor da Azul e ex-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral, Adalberto Febeliano.
Após deixar a área de controle de Noronha, o que havia à frente do voo AF 447 era uma grande tempestade. A própria FAB havia alertado, em sua rede de meteorologia na internet, que a tempestade era forte e tinha seu topo variando entre 37 mil e 38 mil pés (11,6 km), ou seja, acima do nível em que o Airbus estava quando deixou a cobertura de radar brasileira (35 mil pés).
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