GOVERNO VAI ASSOCIAR CORTES
A NOVA ALTA DE IMPOSTOS

Sempre que alguém
fala que vamos ter cortes nos gastos do governo, tenho certeza que estão
associados aos cortes, aumento nos impostos. Tudo em acordo para que os cortes
se tornem insignificantes e os aumentos dos impostos cubram a diferença.
É por isso
que o governo está montando um esquema para juntos, o ministro Joaquim Levy, da
Fazenda, Nelson Barbosa, do Planejamento e Aloizio Mercadante, da Casa Civil,
façam a combinação dos cortes em gastos previstos no Orçamento deste ano com
uma nova rodada de aumento de impostos. Como sempre, o Levy é o “cabeça da roubada”
que os trabalhadores vão encarar e o objetivo da medida é reforçar o ajuste
fiscal e afastar o risco de rebaixamento da nota de crédito do Brasil. A
presidente Dilma Rousseff quer saber se eles são capazes de garantir o tamanho
do contingenciamento, que foi definido, após duras negociações com o
Congresso. E assim o corte foi definido numa ordem de R$ 80 bilhões.
Os “safardanas”
que compõem a junta orçamentária levaram propostas distintas para aquela reunião no Palácio da Alvorada. O Levy apresentou uma estimativa de corte
mais elevada, de R$ 78 bilhões, que compensaria as perdas aplicadas pelos
parlamentares no ajuste fiscal. As modificações feitas pela Câmara nas medidas
provisórias que alteram benefícios trabalhistas e previdenciários incluíram
desde restrições mais leves que as pretendidas pela equipe econômica no
seguro-desemprego e na pensão por morte até a flexibilização do fator
previdenciário, criado para poupar gastos do governo com aposentadorias.
Já o
Mercadante defendia um contingenciamento grande, mas não superior a R$ 60
bilhões no total, de forma a não paralisar completamente a máquina federal. É
uma posição mais próxima daquela do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa,
que passou os últimos dois meses se reunindo com ministros e secretários do
governo para definir, com cada pasta e autarquia, os limites orçamentários.
E assim,
ficou definido, “por debaixo dos panos” que quem vai pagar a conta é mesmo o
trabalhador. Essa foi a grande saída da junta orçamentária para que eles, os
politiqueiros, não paguem por nada, afinal, eles “nunca foram e nunca serão
trabalhadores”.
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