Treze
de maio está chegando
Gerson
Tavares
Sempre que vem chegando
o dia 13 de maio começo a escutar estórias sobre os negros escravos que
ajudaram a fazer este Brasil. Mas quando digo estórias, é simplesmente pelo
fato de que ao falar dos brancos, todos falam da História do Brasil.
E é pensando nessa
diferença que fazem entre brancos e negros que eu vejo quanto os líderes
afrodescendentes só estão preocupados com meia dúzia que quer apontar para
“racistas” normalmente forjados para que alguém leve alguma vantagem.
Mas esses líderes
afrodescendentes que ficam preocupados em montar esquemas, nem notam que muitas pessoas que nada têm a haver com a cor da
pele, estão se movimentando e se unindo em corrente, porque em poucos dias, o
Congresso poderá votar uma histórica “reforma constitucional” para punir
aquelas pessoas que ainda hoje, mantêm escravos em suas terras. É importante
dizer que a escravidão nos dias de hoje tem outra realidade, porque agora os escravos podem ser negros ou brancos, tanto faz, desde que tenham força para
trabalhar em regime de escravidão para o “sucesso da reforma agrária”.
Mas dizem
os crédulos, que agora resolveram no Congresso fazer uma legislação mais forte
que todas que foram feitas até hoje, de propostas para lutar contra o flagelo do trabalho escravo no
Brasil.
Há muito tempo que esperamos
por essa legislação forte, porque é inaceitável que, em pleno século XXI, a
escravidão ainda assombre todos os cantos do Brasil, onde centenas de milhares
pessoas são escravizadas atualmente.
Ainda no mês passado,
adultos e crianças foram resgatados de uma fazenda cujo proprietário, pasme os
senhores, era um deputado estadual. Eles moravam em pequenas barracas e bebiam
da mesma água suja que as vacas e outros animais. Só que este caso de político
escravizando a mão de obra já é antigo e inclusive tem um presidente regional
de um dos maiores partidos aliados ao governo Dilma que já por algumas vezes
foi pego como explorador de escravos, mas ele continua aí, deputado estadual e presidente
de partido. Lembro bem que quando a fazenda dele passou a constar na lista daquelas que usavam
mão de obra escrava, ele era presidente da Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro, mas nada aconteceu e ele continuou mandando e desmandando. Isso
aconteceu em 2006 e desde 2004 a Agrovás estava na “lista suja".
A sorte é que temos
gente em uma luta insana pela moralização principalmente da política e entre
essas pessoas e organizações está a Avaaz, que é uma organização que sempre
está mobilizada em campanhas instantâneas relacionadas a crises que acontecem em qualquer parte do mundo e tudo fazem para diminuir a distância entre os povos do mundo em
que nós vivemos. E ela está lutando para que os congressistas votem e façam
valer a lei, mesmo que para isso, políticos paguem tenham que pagar por tomarem parte desse grupo de escravagistas brasileiros.
Os livros escolares nos
ensinam que a escravidão foi abolida há 124 anos pela princesa Isabel, mas a
verdade é que ainda hoje há pessoas que vivem na escravidão. Lógico que em
melhores condições para os senhores que não precisam dar moradia e comida mais ou menos decente, para
aqueles pobres coitados que são levados a acreditar em empregos prósperos, mas
acabam arriscando suas vidas em plantações de cana-de-açúcar, carvoarias,
criação de gado, prostituição e outras atividades. E muitas vezes eles são
literalmente forçados a trabalhar com uma arma apontada para suas cabeças, como
falaram quando entraram numa das fazendas daquele deputado estadual que falei.
Mas parece que podemos
dar fim nessa escravidão e ela está prestes a ter seu fim e só depende dos congressistas.
Por tanto, vamos dar
fim ao lobby desses ruralistas inescrupulosos, que só pensam em aumentar seus lucros. Vamos com
um grito retumbante, derrotar o vergonhoso mercado da escravidão do Brasil de
uma vez por todas.
Liberdade para o
brasileiro seja ele, branco, negro ou indígena. Sem cotas, mas com igualdade.
E Viva o Brasil!
2 comentários:
É bom que se diga que os maiores racistas que existem são os líderes negros, que agora são líderes afrodescendentes.
Por que eles iriam brigar agora pelos escravos brancos?
Eles só entram em briga quando é para levar vantegem.
Belém - Pará
Bem pior a escravidao dos dias de hoje que aquela do passado. Os escravos de hoje são levados ao trabalho escravo enganados pelos "senhores" e no passado eles já sabiam da sua condição.
Mas enquanto a política for comandada por "senhores de escravos", vamos passar por esses problemas que cada dia estão com as soluções mais distantes.
Bauru
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