sexta-feira, 4 de maio de 2012


Treze de maio está chegando

Gerson Tavares
 



Sempre que vem chegando o dia 13 de maio começo a escutar estórias sobre os negros escravos que ajudaram a fazer este Brasil. Mas quando digo estórias, é simplesmente pelo fato de que ao falar dos brancos, todos falam da História do Brasil.

E é pensando nessa diferença que fazem entre brancos e negros que eu vejo quanto os líderes afrodescendentes só estão preocupados com meia dúzia que quer apontar para “racistas” normalmente forjados para que alguém leve alguma vantagem.

Mas esses líderes afrodescendentes que ficam preocupados em montar esquemas,  nem notam que muitas pessoas que nada têm a haver com a cor da pele, estão se movimentando e se unindo em corrente, porque em poucos dias, o Congresso poderá votar uma histórica “reforma constitucional” para punir aquelas pessoas que ainda hoje, mantêm escravos em suas terras. É importante dizer que a escravidão nos dias de hoje tem outra realidade, porque agora os escravos podem ser negros ou brancos, tanto faz, desde que tenham força para trabalhar em regime de escravidão para o “sucesso da reforma agrária”. 

Mas dizem os crédulos, que agora resolveram no Congresso fazer uma legislação mais forte que todas que foram feitas até hoje, de propostas para lutar contra o flagelo do trabalho escravo no Brasil.

Há muito tempo que esperamos por essa legislação forte, porque é inaceitável que, em pleno século XXI, a escravidão ainda assombre todos os cantos do Brasil, onde centenas de milhares pessoas são escravizadas atualmente.

Ainda no mês passado, adultos e crianças foram resgatados de uma fazenda cujo proprietário, pasme os senhores, era um deputado estadual. Eles moravam em pequenas barracas e bebiam da mesma água suja que as vacas e outros animais. Só que este caso de político escravizando a mão de obra já é antigo e inclusive tem um presidente regional de um dos maiores partidos aliados ao governo Dilma que já por algumas vezes foi pego como explorador de escravos, mas ele continua aí, deputado estadual e presidente de partido. Lembro bem que quando a fazenda dele passou a constar na lista daquelas que usavam mão de obra escrava, ele era presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, mas nada aconteceu e ele continuou mandando e desmandando. Isso aconteceu em 2006 e desde 2004 a Agrovás estava na “lista suja".
  
A sorte é que temos gente em uma luta insana pela moralização principalmente da política e entre essas pessoas e organizações está a Avaaz, que é uma organização que sempre está mobilizada em campanhas instantâneas relacionadas a crises que acontecem em qualquer parte do mundo e tudo fazem para diminuir a distância entre os povos do mundo em que nós vivemos. E ela está lutando para que os congressistas votem e façam valer a lei, mesmo que para isso, políticos paguem tenham que pagar por tomarem parte desse grupo de escravagistas brasileiros.   

Os livros escolares nos ensinam que a escravidão foi abolida há 124 anos pela princesa Isabel, mas a verdade é que ainda hoje há pessoas que vivem na escravidão. Lógico que em melhores condições para os senhores que não precisam dar moradia e comida mais ou menos decente, para aqueles pobres coitados que são levados a acreditar em empregos prósperos, mas acabam arriscando suas vidas em plantações de cana-de-açúcar, carvoarias, criação de gado, prostituição e outras atividades. E muitas vezes eles são literalmente forçados a trabalhar com uma arma apontada para suas cabeças, como falaram quando entraram numa das  fazendas daquele deputado estadual que falei.

Mas parece que podemos dar fim nessa escravidão e ela está prestes a ter seu fim e só depende dos congressistas.

Por tanto, vamos dar fim ao lobby desses ruralistas inescrupulosos, que só pensam em aumentar seus lucros. Vamos com um grito retumbante, derrotar o vergonhoso mercado da escravidão do Brasil de uma vez por todas.

Liberdade para o brasileiro seja ele, branco, negro ou indígena. Sem cotas, mas com igualdade.

E Viva o Brasil!

2 comentários:

Carmen Velasco disse...

É bom que se diga que os maiores racistas que existem são os líderes negros, que agora são líderes afrodescendentes.
Por que eles iriam brigar agora pelos escravos brancos?
Eles só entram em briga quando é para levar vantegem.
Belém - Pará

Carmen Bastos Peixoto disse...

Bem pior a escravidao dos dias de hoje que aquela do passado. Os escravos de hoje são levados ao trabalho escravo enganados pelos "senhores" e no passado eles já sabiam da sua condição.
Mas enquanto a política for comandada por "senhores de escravos", vamos passar por esses problemas que cada dia estão com as soluções mais distantes.
Bauru