segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Censura não tem limites



Gerson Tavares


Alguém tem mostrar serviço nesse governo da Dilma Rousseff e foi aí que apareceu a dona Iriny Lopes, que do alto de seu cargo de ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, resolveu tirar do ar um comercial da Hope, uma fábrica de lingerie, onde Gisele Bündchen aparece de calcinha e sutiã.

E como sempre digo que, “quem tem, tem medo”, o Conar, mesmo sem ser notificado pela Secretária de Políticas para as Mulheres, resolveu analisar a retirada do comercial do ar. Segundo o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, foram recebidas quinze reclamações de consumidores e então resolveu abrir um processo contra a campanha publicitária. Pelo que diz o Conar, o motivo das reclamações é a “falta de respeito à condição feminina”.

Eu que não sou de ficar olhando comercial, procurei ver rapidinho o comercial para ver até onde as mulheres estão sendo agredidas. O comercial consiste em três peças de 20 segundos cada. Na primeira peça a Gisele Bündchen aparece de vestido bege e diz com muito charme: “Amor, a mamãe vem morar com a gente”. Neste momento aparece a palavra “errado” na tela. Na sequência, ela aprece de lingerie amarela e em pose sensual, diz a mesma frase, mas completa: “Não é o máximo?”. È quando aparece a palavra “certo” que em off, uma voz completa: “Você é brasileira, use seu charme”.

Na segunda ela já aparece de short e blusa e dando a noticia que estourou o limite do cartão de crédito, Modo “errado” e o “certo” para dar essa notícia é de calcinha e sutiã e ninguém duvida.
E na terceira peça ela aparece de vestido branco, coça a cabeça e diz: “Amor, bati seu carro” e lá está a palavra “errado”. Em seguida ela repete a mesma frase, mas já com um lingerie vermelha e ainda diz que “bateu o carro de novo”. Mas assim, nesse lingerie vermelha realmente tem que aparecer a palavra “certo”.

Mas que crime eles viram nessas peças que juntam tão bem o bom humor com a graça da mulher brasileira? Vejo ali, um comercial bem bolado, mas talvez não aceito pelas mulheres que não podem e nem devem usar certas peças, como a Gisele pode e deve.

Segundo a dona Iriny, ela acha que deve acontecer à suspensão da exibição da campanha publicitária porque o comercial tem um toque de preconceituoso e discriminatório. Outras “feministas” estão batendo na mesma tecla, inclusive a subsecretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que diz que o comercial coloca a mulher em situação de submissão e dá a entender que ela não tem capacidade de negociação. Já eu vejo que aquela mulher, ali representada pela Gisele, está usando um argumento que não tem contra-argumento.

E foi aí que o meu amigo “Zé Doidão” me telefonou e foi categórico em sua analise: “Sabe que olhando as fotos de Gisele e de Iriny, eu também acho que aquelas calcinhas e aqueles sutiãs discriminam mesmo certas mulheres. Realmente não é qualquer mulher que pode vestir roupas assim. Aliás, para Iriny, talvez nem burca seja a solução”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas a Iriny Lopes tem razão quando fala da Gisele. São Jorge está até agora procurando por ela.